segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Papel.


Papel.

Foi, foi o vento não sei de que forma,
Mostraram o caminho das palavras,
Foram tocando minha face,
Mexendo em meus cabelos,
Disparando meu coração.

E ali no ímpeto espaço das flores,
Na sombra fresca da frondosa verde ébano,
Delicie-me ao som das folhas,
Murmurei desejos,
E no bubuiar das águas,
Os deuses entregaram-me.

Amassado, antigo... papiro!
Descrito com muito zelo,
Talvez por um anjo estranho,
Sem nome e auréola,
Versos de amor com dor,
Por penitencia da distancia do meu calor.

Luciene Cristina

Nenhum comentário:

Postar um comentário