quinta-feira, 27 de maio de 2010

VIVO E MORTO TAMBÉM.


VIVO E MORTO TAMBÉM.

De repente uma tontura,
De repente uma tortura,
Navega rapidamente em teu corpo,
Entrando em todos os canais
Todas as veias e um pouco mais,
A vista entorpece, os movimentos se tornam lentos,
Os pensamentos são de agilidade, mas sem realidade.

De repente uma voz ao longe,
De repente uma mascara azul na fronte,
E o som vai sumindo,
A sensação vai consumindo,
E neste momento.

Vazio...

Não se sonha, não se sente, não se pensa...

E depois de uma longa espera perdida no tempo,
Tudo volta...
As batidas do coração são acordes instrumentais,
A veia pulsante e alivio e tudo mais,
A sensação do ar entrando no corpo é alivio,
De se pensar que estava vivo, mas com sensação de morto!

(Minha sensação diante da experiência de ter passado pela anestesia geral.)

Luciene Cristina.
Poetisa

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